jueves, 5 de mayo de 2011

BRASIL: 1º de Maio classista e internacionalista em São Paulo.


1º de Maio classista e internacionalista em São Paulo


O 1º de Maio celebrado pela Liga Operária e a Liga dos Camponeses Pobres foi de organização, luta e internacionalista. Encontros ampliados das coordenações da Liga Operária e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) precederam a combativa passeata realizada na manhã da segunda-feira, dia 2 de maio, no centro de São Paulo.

Nos encontros, realizados na UNSP e Sindicato dos Metroviários de São Paulo, foi resgatada as memoráveis batalhas operárias de Chicago-EUA, de 1886, e a determinação e coragem dos gloriosos mártires da classe Adolph Ficher, Albert Parsons, August Spies, George Engel, Louis Lingg, Michael Schwab, Oscar Neebe e Samuel Fielden. Foram feitos também debates aprofundados sobre a situação atual e forma de desenvolvimento das lutas dos operários e camponeses no Brasil e no mundo e para avançar a organização das classes exploradas. O 1º de Maio Classista e Internacionalista repudiou as festas promovidas pelas centrais sindicais pelegas (CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT e CGTB) e patrocinadas pelo governo, bancos e grandes empresas que tentam descaracterizar e enlameiam o 1º de Maio, com sorteios, shows de mau gosto e bajulação e discursos dos corruptos políticos de toda laia (todos devidamente vaiados pelo público presente).

A combativa passeata organizada pela Liga Operária e LCP, no dia 02 de maio, cruzou o centro de São Paulo, recebendo o apoio da população, cansada de tanto arrocho, mentira e demagogias dos políticos e sindicalistas pelegos, corruptos e governistas. A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), a Liga Internacional de Luta dos Povos (ILPS), o Movimento Feminino Popular (MFP), o Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (CEBRASPO), a Associação Brasileira de Advogados do Povo (ABRAPO), entre outras organizações classistas, também se integraram à manifestação.

A passeata percorreu a avenida Paulista e outras ruas do centro de São Paulo. Na altura do número 1.800 da avenida Paulista, a passeata ocupou o passeio em frente ao prédio onde funciona o Consulado da Índia e expressou a condenação ao Estado indiano pelas atrocidades cometidas contra os camponeses e povos tribais daquele país. Uma delegação de entidades entregou no Consulado um documento de repúdio aos crimes do Estado indiano. Foi lido documento que ressaltava a luta dos povos adivasi, camponeses e dos naxalitas, como são conhecidos os militantes do Partido Comunista da Índia (maoísta), que dirige a guerra popular naquele país e saudada a resistência dos operários indianos, camponeses e povos oprimidos.

Desfraldando bandeiras vermelhas, com muitas faixas e cartazes, os manifestantes fizeram ecoar nas avenidas de São Paulo muitas palavras de ordem, como as seguintes:

Eleição é farsa, não muda nada não,

O povo organizado, vai fazer revolução!

E viva as classes, trabalhadoras,

Abaixo a CUT, pelega e traidora!

Dilma delatora, entreguista e traidora.

Kassab repressor, do povo trabalhador!

Porrada no buzão, 3 reais não!

É terra, é terra, para quem a trabalha,

E viva agora e já, a Revolução Agrária!

É morte, é morte, ao latifundiário,

e viva o Poder Camponês e Operário!

Abaixo a carestia, que a barriga está vazia!

Juventude palestina, sua luta continua, na América Latina!

Abaixo o imperialismo. Morra!

Os manifestantes também cantaram a plenos pulmões as canções revolucionárias “Bela Ciao” e “Bandera Rubra”. No ato público, ao lado da Prefeitura, na Praça do Patriarca, o côro de “Kassab repressor, do povo trabalhador” ficou mais forte e os representantes das entidades classistas repudiaram a exploração, a carestia, o aumento das tarifas de ônibus e metrô, o salário mínimo de fome, o oportunista governo PT-Pecedobê e seu descaso com a saúde e educação pública, a falta de moradias e saneamento para as famílias pobres, a violência policial contra o povo dos bairros pobres e favelas e a repressão contra os camponeses em luta pela terra.
Foram feitas saudações aos operários, os camponeses, mulheres, aposentados, imigrantes, que lutam em todo o mundo por seus direitos pisoteados. Também foi destacada a heróica resistência dos povos palestinos, iraquianos, afegãos, haitianos e de outros países ocupados pelas botas sanguinárias dos imperialistas, junto com as rebeliões dos povos árabes e do norte da África, em especial as rebeliões que desenvolvem os povos da Índia, Filipinas, Peru e Turquia pela conquista do poder e pela sua libertação. Com muito destaque, foi calorosamente saudada as rebeliões dos mais de 80 mil operários da construção contra o monstruoso consórcio da escravidão, o governo Lula-Dilma/Empreiteiras/Pelegada das centrais sindicais.
Após o ato público, a passeata prosseguiu pelo calçadão em direção a rua 25 de março até o Parque Dom Pedro. Os trabalhadores ambulantes que diariamente sofrem na pele as perseguições do Estado fascista, gerenciado atualmente por Kassab-Alkmin, saudaram efusivamente e acompanharam a passeata até o final.

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