miércoles, 27 de agosto de 2014

BRASIL: 6º CONGRESSO DA LCP



6° Congresso da LCP
Aumentar as tomadas de terra do latifúndio!
NÃO VOTAR!

Aos camponeses sem terra ou com pouca terra, aos povos indígenas, aos acampados cansados de esperar em acampamentos que nunca terminam, aos trabalhadores com salários baixos ou que sobrevivem de pequenos bicos, aos jovens desempregados, às mães solteiras que penam para criar os filhos, aos que não têm moradia e sofrem para pagar aluguel, aos estudantes, professores, aos pequenos e médios comerciantes e demais trabalhadores de Rondônia e Amazônia Ocidental.

A propaganda mentirosa do governo e dos monopólios de comunicação de que o Brasil vai bem, não consegue mais esconder a dura realidade em que vive nosso povo. A crise econômica sacode as economias das grandes potências imperialistas - EUA, Europa, China, Japão. E claro, a crise também afeta suas colônias e semi-colônias, como o Brasil.

O povo sofre com aumento dos impostos e dos preços nos mercados, aumento do aluguel e das tarifas de água e luz. Sem falar do desemprego e endividamento de milhões de famílias com financiamentos e empréstimos bancários.

Nos últimos 12 anos do gerenciamento petista aprofundou em todos os sentidos a condição de semi-colônia do Brasil. A economia se resume a altas taxas de juros para garantir o super lucro dos bancos (grandes especuladores) e bilhões de financiamentos ao latifúndio (agronegócio). A economia sofre desindustrialização e desnacionalização – quase tudo que compramos não é fabricado no Brasil, é apenas montado aqui. O país hoje é simples exportador de soja, carne, minério e petróleo.

Enquanto bilhões foram gastos com a Copa da FIFA, estados e municípios estão falidos. Em Rondônia, por exemplo, o povo morre à míngua nas filas dos hospitais públicos, sofre com a falta de saneamento, com as péssimas condições da educação pública e o fechamento de dezenas de escolas nas áreas rurais. O governo de Lula/Dilma/PT não tem verba para instalar energia para mais de 20 mil famílias que vivem no escuro em Rondônia, mas empresta dinheiro público para grandes empreiteiras construírem as duas usinas de Porto Velho, que gerarão eletricidade para empresas estrangeiras. Passado o tempo das “vacas gordas” com as obras das Usinas e do PAC, vem agora o desemprego e a quebradeira no comércio.

Abaixo a farsa eleitoral! Não Votar!

A “democracia” brasileira é democracia para os ricos e ditadura para os pobres, onde a imensa maioria do povo só têm deveres e os ricos só têm direitos.

O governo diz que as eleições são o dia mais importante para o brasileiro. Na verdade o povo é obrigado a votar de 2 em 2 anos para escolher quem vai roubar os recursos públicos para beneficiar seus grupos e famílias. Só para citar alguns exemplos, o ex-deputado Nathan Donadon, foi preso por corrupção, mas sua família segue impune, se beneficiando do dinheiro roubado, inclusive para disputar estas eleições. Cassol e Confúcio estão entre as 10 pessoas mais ricas de toda a Amazônia, posto alcançado depois de serem governadores. E como não podia deixar de ser, Roberto Sobrinho e o PT roubaram mundos e fundos na prefeitura de Porto Velho e agora ele é candidato.

As eleições são o principal instrumento para legitimar a dominação da grande burguesia e do latifúndio sobre nosso povo. Dilma, Marina e Aécio, são paus mandados! Em Rondônia, poucas famílias, como os Raupp, os Cassol, os Gurgacz, os Donadon e o PT, se alternam há décadas no poder! Os partidos eleitoreiros (PT, PCdoB, PMDB, PSDB, PSB, PSOL, PSTU, PDT, PTB, DEM) são todos farinha do mesmo saco. Estas siglas e seus candidatos são as maiores e mais perigosas quadrilhas do país, que gerenciam o saque de nossas riquezas e a entrega de nosso território aos grandes bancos, grandes mineradoras, grandes madeireiras, grandes empreiteiras, ao latifúndio e imperialismo.

A “reforma agrária do PT” é mais repressão aos camponeses

No campo, aumentou a concentração das terras, como resultado da política de apoio ao agronegócio. Lula e o PT passaram 20 anos prometendo fazer a reforma agrária, mas quando chegaram ao poder assentaram menos famílias que FHC (PSDB). O PT que financia com bilhões o agronegócio, dá apenas migalhas para a chamada agricultura familiar. 70% dos alimentos que chegam à mesa do trabalhador brasileiro vem dos camponeses, que produzem enfrentando estradas e pontes péssimas, sem energia elétrica, sem maquinário, sem assistência técnica, sem financiamentos, sem preço mínimo para sua produção, ou seja sem apoio de governo algum. Ao contrário o governo só atrapalha ainda mais a vida do camponês exigindo pagamento de GTA para pequenas criações, proibindo a venda de alguns produtos tradicionais em feiras, aumentando a fiscalização contra o transporte de combustíveis nas áreas. Por tudo isso, muitos camponeses não aguentam viver no campo, vendem o lote ou perdem pro banco e ainda são tratados como vagabundos.

O PT também aumentou a criminalização e repressão à luta combativa de camponeses e povos indígenas. Aumentaram as reintegrações e despejos violentos, inclusive com participação da Polícia Federal, Força Nacional e Exército.

Também cresceu o número de prisões e assassinatos de camponeses e indígenas em conflitos por terra. É o caso do líder camponês Renato Nathan, morto em abril de 2012 por policiais militares em Buritis. E o líder indígena do povo Terena, Oziel Gabriel, morto por policiais federais, em Mato Grosso do Sul.

Hoje, em Rondônia a justiça do latifúndio mantém mais de 20 camponeses de Rio Pardo e Rio Alto como presos políticos! Enquanto na mesma região, seguem impunes latifundiários que grilam terras públicas destinadas para a reforma agrária e atuam com bandos armados liderados por policiais militares.

Mas mesmo diante dos ataques covardes dos monopólios da imprensa, “justiça”, ouvidoria agrária, forças policiais e bandos armados, a luta pela terra não para um minuto, pois onde tem opressão do latifúndio, tem a heróica resistência do campesinato brasileiro. 

O caminho é a Revolução Agrária

A Revolução Agrária são as famílias mobilizadas e organizadas que tomam terras do latifúndio, não esperam pelo Incra, fazem o Corte Popular e distribuem as parcelas de terra aos camponeses pobres sem-terra ou com pouca terra. Logo que as famílias começam a produzir, formam os Grupos de Ajuda Mútua para avançar cada vez mais na cooperação, única forma de prosperarem. E criam as Assembleias Populares e os Comitês de Defesa da Revolução Agrária nas áreas tomadas para resolverem os problemas de estradas, escolas, energia, produção, etc. enfim, decidirem sobre todos os assuntos de sua vida.

Esta é a Revolução Agrária, é o caminho que seguem centenas de famílias que retomaram a fazenda Santa Elina em Corumbiara, palco de um dos maiores massacres da história do Brasil. Assim como os camponeses das áreas Canaã, Raio do Sol e Renato Nathan 2, em Ariquemes, da área Paulo Freire 4, em Seringueiras e os camponeses de Jacinópolis e Rio Pardo que resistem há anos aos ataques do latifúndio.

Em todas estas áreas os camponeses transformaram as terras griladas em centenas de lotes produtivos.

As transformações mais urgentes para o Brasil têm que começar pelo campo, pois é no campo onde se concentra as relações mais atrasadas baseadas na grande propriedade de terras. Elas impedem o desenvolvimento da economia nacional e servem de sustentação para a dominação do imperialismo, principalmente ianque.

Os operários, estudantes, professores, pequenos e médios comerciantes e demais trabalhadores da cidade sabem que quanto mais camponeses produzem nas terras, mais o comércio vende, pois são os camponeses que movimentam a economia das pequenas e médias cidades.

Só com o triunfo da Revolução Agrária como parte de uma Revolução de Nova Democracia e dirigida pela aliança operário-camponesa, poderemos realizar as transformações de que o Brasil precisa, destruindo o latifúndio, a grande burguesia e varrendo a dominação imperialista, transitando de forma ininterrupta ao socialismo.

Prepare-se: a Revolução Agrária vai entregar terras para todos que precisam

O 6° Congresso da LCP é o momento de juntar os camponeses de todas as áreas antigas e novas, professores, estudantes, pequenos e médios comerciantes, trabalhadores e todos apoiadores para levantar ainda mais alto a bandeira vermelha da Revolução Agrária e preparar grandes tomadas de terra na região.

Viva a Revolução Agrária! Não Votar!
Liberdade para todos os camponeses presos políticos!

Todos ao 6º Congresso da LCP
- Dias 27 e 28 de setembro (início: dia 27 às 4 horas da tarde)
- Local: Jaru – RO

LCP - Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia e Amazônia Ocidental

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